Vitória parcial: governo adia leilões de petróleo

O governo adiou os leilões de petróleo previstos para este ano, por conta da crise causada pelo novo coronavírus e os impactos da pandemia no mercado internacional de óleo e gás. A nova data ainda não foi definida, disse nesta quinta-feira o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

— No que diz respeito aos leilões, essa crise fez com que decidíssemos adiar os leilões da sétima e da 17ª rodada — disse o ministro, em entrevista à imprensa.

Os leilões estavam previstos para o fim deste ano. A sétima rodada iria ofertar campos do pré-sal, pelo regime de partilha de produção.

Já a 17ª seria destinada a oferecer blocos fora do pré-sal, no regime de concessão. Por outro lado, o governo manteve a chamada rodada permanente, de campos maduros, para pequenas empresas.

— Não podemos dizer quando serão retomados, porque vamos fazer avaliação de diversos cenários — acrescentou Albuquerque.

O governo manteve também a previsão de vender os blocos remanescentes do leilão do excedente da cessão onerosa em junho de 2021.

— Até porque são campos de risco mínimo e estamos justamente diminuindo as incertezas para que os leilões tenham o êxito que esperamos — explicou o ministro.

Os preços do petróleo internacional estão registrando baixas históricas neste mês, por conta da redução da demanda pelo produto em todo o mundo. Na quarta-feira, o barril do tipo Brent, referência no mercado internacional e para a Petrobras, para entrega em junho, fechou o dia a US$ 20,37, depois de atingir o patamar mais baixo desde junho de 1999, abaixo de US$ 16.

O ministro disse que acompanha a situação e afirmou que a principal preocupação do governo nesse momento é com as pequenas e médias empresas.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o consumo de combustível de aviação 85% nos últimos 30 dias, na comparação com o mesmo período do ano passado. O de etanol caiu 44% e o de gasolina, 33%. Já o consumo de gás de cozinha subiu 16,6%.

Como forma de retomar investimentos no país, o governo quer mudar a forma de exploração do pré-sal. A intenção é acabar de vez com o regime de partilha, que prevê bônus de assinatura fixo e um percentual variável de óleo para a União, sendo esse o critério do leilão. No regime de concessão, o bônus é variável e não há óleo para o governo.

Fonte: O Globo

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